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Restauração, redefinição e reciclagem para propagação do Reino de Deus

Existem alguns aspectos da vida e da missão cristãs que precisam ser resgatados para que o reino de Deus triunfe e a palavra de Deus seja conhecida em todo o mundo, bem como a adoração prefeita seja por fim estabelecida. Dentre esses aspectos, cito três.

Os três itens escolhidos abaixo se justifica, ao menos sob meu prisma, porque estão fortemente ligados, ao que parece irremediavelmente relacionados. Isso porque reino de Deus tem tudo a ver com confins da terra, seja por abrangência geográfica, seja por compromisso com resgate de almas e implantação da vontade Deus na vida das pessoas e ação influenciadora para transformação social onde o evangelho chegar. Por fim, a educação teológica deve desempenhar papel importante para que se tenha em mente a restauração, a redefinição e reciclagem. Palavras encontradas nos itens respectivamente tratados. Assim, eia ao comentário dos itens escolhidos.


Explicitar visivelmente a fé na restauração do conceito do reino de Deus dignificando a vida humana com normas e diretrizes autenticamente cristãs;

Em participação no fórum da faculdade observei que foi exaustivamente dito que as igrejas têm se perdido em suas práticas, muitas delas em teologias próprias tais como, prosperidade, entre outras. Uma das coisas que foi criticada é a gama de atividades cujo fim é satisfazer os anseios dos membros das denominações promovendo assim o seu bem-estar. Ao que parece, há uma grande confusão entre agência que promove o reino de Deus e esse reino propriamente dito. Isso por óbvio distorce o significado de reino de Deus. A igreja não é, mas, trás o reino de Deus ao conhecimento das pessoas. Agindo de forma diferente, a comunidade cristã pode até alcançar a prosperidade que tanto prega, a felicidade que tanto persegue, mas, será uma ilha. Para corrigir isso é preciso um resgate do ensino sobre o reino, de forma que se desfaça os equívocos. Para tanto, se faz necessário voltar ao ensino bíblico enfatizando que Romanos 14. 16-18 ainda está em vigor. No trecho bíblico referido, Paulo explica que o reino de Deus não é comida nem bebida, mas, justiça, paz e alegria no Espírito Santo, frisando, no Espírito Santo. É a esse aspecto que devemos nos ater quando falamos do reino. Se assim agirmos, chegaremos ao produto desta semeadura que é ser tido com alguém que serve a Deus, nos tornando agradáveis e estimados pelas pessoas, ou seja, uma vida que tem reflexo para o ambiente externo. Restaurar a fé no que vem a ser reino de Deus é pois, incutir, inculcar nos evangelizados o viver diário de modo que o resultado seja exatamente o explanado por Paulo aqui. Assim, são as tais normas e diretrizes autenticamente cristãs. É disso que depende a dignidade das pessoas. O reino de Deus trata não só de salvação, mas, de amor ao próximo de modo que todas as necessidades sejam atendidas para que a transformação social alcance as necessidades materiais, mas, também resgate da dignidade do ser humano. Uma pessoa salva, com uma vida inspiradora. Isso é reino de Deus, não apenas uma comunidade que se porta como se imune fosse em relação ao flagelo que atinge os que estão ao nosso redor. Para que se restaure o conceito de reino de Deus é preciso, por fim, viver o que realmente é o reino. É promover a ética cristã num mundo que prioriza o isolacionismo e a tiracolo o não envolver-se com a mazela alheia. Portanto, precisamos pregar, viver, exemplificar para afinal, sermos iguais, singelos, condoendo-se com o próximo e caindo nas graças do povo (Atos 2. 44-47). Praticando a justiça social para que fique entendido que não só o partir do pão é o que interessa, mas, novamente citando Paulo, também, e efetivamente, justiça e paz.


Redefinir o conceito de confins da terra, superando o sentido geográfico de Atos 1:8;

Esta é uma atividade da qual eu gostaria de me ocupar mais especificamente. Por hora, assim prossigo. Atos 1.8 nos fala de sair pelos territórios e pregar o evangelho, testemunhando e por fim, alcançando os rincões mais distantes. Mas, hoje, precisamos sair para que tudo isso aconteça? Ainda sim. Mas, como propõe esta questão, precisamos superar o conceito geográfico narrado no texto bíblico para dar significação aos territórios que conhecemos atualmente. Alguns de nós, por exemplo, são privilegiados por viver em localidades cosmopolitas, ou seja, onde se encontram pessoas de várias partes do mundo. Foz do Iguaçu mesmo – dentre outras – é uma cidade em que vivem mais etnias do que as que estavam presentes em Jerusalém no dia de pentecostes. Lá foram citadas dezesseis, aqui são mais de 120. Nações representadas aqui são mais de 70. Aqui não precisamos ir aos confins geográficos da terra, esses povos chegaram até nós. Como redefinir o conceito de confins da terra se ela está aqui? Umas das alternativas é conhecer sua cultura, sua língua, alguns costumes entre outras. Se não conseguirmos isso, continuaremos distantes dividindo o mesmo território. Porém, temos outra questão, essa de abrangência geral. O mundo virtual. O uso das tecnologias faz com que você saia pelo mundo virtualmente sem se afastar da mesa do computador. Aprender a usar essas ferramentas é de primordial importância. Não basta escrever artigos, viralizar mensagens afins. É preciso tem consciência da urgência de aliada à tecnologia e seus recursos, desenvolver outras habilidades para chegar aos não alcançados. E assim como na forma presencial precisamos conhecer costumes, cultura e língua, no mundo virtual segue-se que a necessidade é a mesma. Talvez você pergunte: evangelismo à distância? Sim, o que você pensa que fazia quando tinha só telefone fixo e o usava para evangelizar um parente ou familiar que telefonava? É isso mesmo. “O mundo é visual em 3D”. Li isso numa revista da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. O que essa frase quer dizer é que todos os recursos devem ser usados para que as barreiras geográficas, culturais e linguísticas sejam rompidas e por fim, superadas.

Reciclar a teologia pastoral de modo a concretizá-la substancialmente na práxis cristã, inclusive na educação teológica.

Na narrativa bíblica do Antigo Testamento, vemos vários exemplos dessa dualidade na ação restauradora de Deus. No relato do dilúvio por exemplo, vemos claramente a ação julgadora de Deus, porém não sem estar acompanhada também da ação salvadora, que no caso ocorre sob a forma da Arca. De igual modo, vemos nas críticas dos profetas o julgamento de Deus, mas suas promessas sempre davam a conotação da salvação vindoura”. (Gomes, 2015. Livro texto)



O texto acima foi propositadamente citado para demonstrar que Deus mesmo fez reciclagem, não de si, mas, de sua criação. Não que sua criação se originalmente portada precisasse de ajuste, mas, porque essa criação perdeu-se de per si. Quando escolhi o item f) para ser comentado, o fiz porque as duas anteriores são suas complementares e essa especificamente é reflexo das anteriores. Usando palavras do professor Wilhan, de onde se extraiu o trecho acima citado, Deus faz o julgamento do povo, mas ele mesmo dá o escape. A isso a teologia pastoral deve estar atenta. A formação pastoral para conduzir um rebanho específico, fixo, não pode ser o objetivo final do aluno. Se assim for, ele terá a sua frente, uma igreja estagnada. E no futuro uma igreja cheia de viúvos e futuros viúvos sem novas almas salvas, quando muito umas parcas. A instituição de ensino também deve antes de formar pastores, formar missionários. Uma das coisas citadas pelo professor na segunda videoaula foi sobre restauração da humanidade, e restauração do planeta. Foi o que aconteceu quando do dilúvio. Missão integral é isso. Não apenas pregar o evangelho, falar sobre céu e o resto fica para segundo plano. É necessário preocupação com todos os aspectos da vida, inclusive, o social e o ambiental. Essa reciclagem poderá influenciar a práxis cristã. Sendo essa a ideia, o pastor incutindo que cada crente é um missionário e que a restauração da criação deve ser nos seus vários aspectos vai conseguir promover uma ação transformadora da sociedade. Duas coisas acontecerão se assim o for. Tal como no item um restaura-se a fé no conceito de reino de Deus, que é mais abrangente que salvação da alma, bem como resistências em enviar missionários para os confins da terra seriam quebradas. E porque essas duas ações precisam acontecer? Porque o objetivo do reino dos céus, como dito no item a) é promover em um mundo corrompido a justiça e paz, e não apenas comida e bebida, é promover a alegria no Espírito Santo. É a ética e ajustiça social que Deus deseja sendo trazida ao conhecimento do povo. A segunda ação que é a redefinição e superação do espaço geográfico de Atos 1.8 é preocupar-se em que todos no mundo possam viver o reino de Deus com “alegria, paz, justiça, viver agradavelmente servindo a Deus e por fim, ser estimado por todos, ou seja, viver de modo a ter sua dignidade restaurada, autoestima recomposta e sua vida com Deus exemplar.



GOMES; Jose Wilhan. Missões Transculturais e Contextualização. FTSA. Londrina 2015.

Comentários

  1. Que alegria irmãos! Mais uma vez estamos caminhando para alcançar o objetivo do Blog Fogo para Missões (BlogFpM), de inspirar nossos leitores à conhecer mais o Evangelho e se envolverem ainda mais com a proclamação das Boas Novas de Jesus Cristo!!!

    Não visitou ainda? Corre lá, e boa leitura!!!
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    A publicação nº 157, em um dia, alcançou dezenas de visitas. Sim, glória a Deus por isso! Nosso desejo é que tal leitura tenha despertado um desejo por mais de Deus e pelo compartilhar desta loucura para os que se perdem, mas poder para os que creem!!!

    #JesusMessias #SérieSalvação #BlogFpM
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    AS PROFECIAS E O MESSIAS

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