Por Sergio Aparecido Alfonso
Sim, nós estamos na ditadura. Perdemos nossa liberdade para tudo. Você pode não admitir, pode não levar a sério, pode não acreditar. Você tem o direito de achar que se trata de uma teoria da conspiração (neste blog admitimos o teu direito de achar, pensar, se expressar). Mas se você não entendeu os sinais até agora, na verdade você é só mais um avestruz com a cabeça enfiada na areia que se nega a ver o que está acontecendo. Isso é o verdadeiro negacionismo de que tanto se falou durante o período denominado pandemia. Aliás, foi na vigência desse maldito período que a liberdade no Brasil foi paulatina, ou nem tão lentamente assim, foi sendo suprimida. Primeiro te tiraram o direito de trabalhar. Se bem que para alguns, isso foi um alívio. A empregabilidade no Brasil vinha se estabilizando, logo, não havia motivo para se apegar aos programas sociais de esmolas do governo. Com vagas abertas, as pessoas tinham que trabalhar. Mas prefeitos e governadores foram editando decretos sobre decretos e os setores foram sendo fechados, de modo que um ou outro empregador teve que dispensar seus funcionários. Assim, alguns voltaram a viver do que mais gostam: do suor do seu próximo. Em seguida as igreja foram sendo fechadas. Muitos cristãos, à semelhança dos que preferem os programas sociais no lugar da qualificação, preferem ficar em casa e se alimentar espiritualmente pelos canais do youtube. Em função disso, vibraram com o fechamento das igrejas, de modo que poderiam deixar de ir aos templos sem nenhum peso na consciência. Também foram fechadas as escolas. Enfim, todos os ambientes que chamavam de propícios para aglomeração, foram sendo neutralizados e as pessoas foram confinadas em casa. O nome dado a isso foi lockdown" - confinamento em inglês. Massificação de informações pelos meios de comunicação, enfatizando somente o que era conveniente ao ambiente que vinha sendo preparado para a chegada da vacina que seria o único antídoto contra o corona vírus. Antes disso, as pessoas foram obrigadas a perder sua imunidade natural, se higienizando o tempo todo, inclusive com álcool. Aqueles que não usavam máscaras eram tido como os leprosos do século XXI, impedidos de entrar nos pouco locais que estavam abertos. Depois, vieram as carteiras de vacina para determinar se a pessoa era "impura" (não-vacinada), ou "pura" (inoculada). Em seguida, todas a publicações que questionassem a existência da pandemia, a necessidade do lockdown, ou que chamassem as vacinas de experimentos, eram censuradas. Nada que fosse contra o que o sistema queria que fosse entendido poderia ficar nas redes sociais ou na imprensa. Aliás, as grandes empresas de farmácia, chamadas de bigfarmas, ainda que não se assumam, pagaram para que a imprensa vendesse o perigo da pandemia e a salvação pelas vacinas. Fato é que o experimento deu certo. A censura imposta era feita tanto pelas bigtechs - empresas detentoras das plataformas de redes sociais - como também pelo poder judiciário, sob os auspícios do Ministério Público e do Congresso Nacional. O único poder que tentou manter a população em movimento e em modo produtivo foi o Executivo Federal. O chefe, mais especificamente. O mesmo modus operandi foi usado pelo poder judiciário, leia-se Supremo Tribunal Federal - STF, durante o pleito eleitoral. Começou um pouco antes. Parte da imprensa começou a denunciar atos de corrupção contra membros do STF, isso os deixou extremamente irados, a ponto de decidirem que o tribunal é cada um dos ministros e onde quer que estejam, de modo que, uma vez criticados, em qualquer hora, local e ambiente (virtual ou físico) o crítico deveria responder por crime de "ataque à democracia ou ato antidemocrático - isso sim é extremismo. Com base nisso, foi aberto o "inquérito do fim do mundo", assim batizado pelo ex-ministro Marco Aurélio Mello. Inquérito que não tem prazo para acabar, e pior, inverte a ordem processual, em que se abre inquérito para apurar fatos dados e passados, ao passo que o inquérito do fim do mundo apura fatos futuros. Por isso chamado de inquérito do fim do mundo. Apura-se tudo o que vier acontecer, na mesma peça, em datas e práticas diferentes mas afetas, e por pessoas diversas. Obviamente, se não se enxerga nisso a arbitrariedade, nada mais do que cegueira pode ser o diagnóstico. Mas com base na suposta dignidade do STF e dos seus membros, deu-se ares de universalidade e atemporalidade dos poderes dados a um ministro para atuar como censor, investigador, acusador, relator julgador e até juiz de execução penal. Censuras de perfis de redes sociais foram decretadas globalmente, jornalistas perseguidos, políticos presos, lado ideológico cerceado na palavra, ainda que de mesmo teor usado pelo lado beneficiado. Fato é que todos os requisitos de poder concentrado no judiciário. Isso é a expressão clássica de fascismo, quando chega-se a concentrar num poder todas as prerrogativas, e se elege um dos membros desse poder para nele concentrar a representação da autoridade estatal concentrada. Em que pese a negativa, o não assumir essa condição, mas na prática, é o que é. No caso em tela, vez que o executivo abertamente consulta o ministro concentrador ou seus pares para implantar determinadas políticas, ou seja, como se o STF, pontualmente, fosse órgão consultor e autorizador das ações de governo, o executivo é mero planejador, sendo a corte o verdadeiro ordenador, sem nenhum pudor de assim o proceder. Quando o legislativo elabora leis, mas o poder judiciário de antemão, sem caso concreto, de forma vinculativa anula a lei antes de vigorar, significa que o judiciário se sobrepõe ao poder legislativo, e ele mesmo se nega a cumprir a lei elabora pelo poder competente para o fazer. Isso só é possível quando há um dos poderes usurpando dos poderes dos demais, adotando o poder absoluto em suas mãos. É isso que se vive no Brasil, com apoio ideológico e cooptação da imprensa hegemônica, cultura, artes e intelectualidade. O cenário está pronto e propício para o próximo que é o castigo físico dos insurgentes ou adversários.
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