Por Sergio Aparecido Alfonso
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vita eterna. (João 3.16)
Vivemos numa época em que se pretende quantificar tudo. Existem institutos de pesquisa especializados em medir as tendências de votos em candidatos a cargos eletivos, há institutos governamentais destinados a conferir pesos e medidas, há pesquisa de departamentos de marketing e propaganda para medir grau de satisfação de clientes, entre tantos outros. Há métodos que trabalham basicamente com números, fazendo pesquisas quantitativas. Há outros com perguntas mais abertas, no caso, para pesquisas qualitativas. E um método que mescla os dois anteriores chamado de qualiquantitivo. Esse último pretende medir números e sensações, emoções, percepções afins.
Não duvido que os institutos e métodos de pesquisa consigam algum sucesso nos resultados pretendidos. Suas técnicas são avançadas, suas formas de estudar a sociedade são sofisticadas e suas percepções pretendem chegar próximas da realidade. Algumas pesquisas apontam que o grau de confiabilidade alcança 95 por cento, ao passo que sua margem de erro varia de 1,5 a 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. Mas o interessante é a suposta honestidade. Apesar das pretensões, admitem erros de confiabilidade e resultados.
No caso do nosso texto (João 3.16) o apóstolo não arrisca. Ele sabe que nem os melhores e mais confiáveis métodos de pesquisa, nem os mais precisos institutos de medição de pesos e medidas podem medir e dar um resultado sequer aproximado do tamanho do amor de Deus. João usa a expressão de tal maneira para se referir à forma, qualidade e quantidade do amor que o Senhor tem por nós. Não encontrando um meio de precisão quanto ao resultado, só lhe restou a expressão citada. Essa ideia de grandeza incomensurável sobre o amor de Deus, ele tira da sequência do versículo. A constatação do apóstolo é que o sentimento mais nobre do Senhor pela humanidade é tão grande, que foi expressado pela entrega que Deus fez de seu Filho para salvar uma multidão de pecadores.
A grandeza do amor de Deus é de tal maneira enorme, que não se mede apenas pela entrega do próprio Filho - o que já suficientemente sem medida - é preciso levar em consideração nessa conta, a dor que Deus sentiu ao ver seu filho sofrer, porque foi condenado em nosso lugar. Não bastando dar seu unigênito - que depois de ressuscitado gerou outros filhos para Deus, passando Ele a ser o primogênito - o Senhor ainda teve que O infligir, ou seja, penalizar, por crimes que Ele não cometeu, por pecados que Cristo não praticou, a fim de salvar os que realmente deviam e que precisavam ser condenados. Por amor a nós, Deus sacrificou seu Filho. Podemos dizer que por um curto período de tempo, ficamos menos longe do Senhor Deus do que seu próprio Filho. Porque ao tomar o pecado do mundo sobre si, Jesus se fez pecador e bebeu o cálice da ira de Deus, o qual era destinado a nós, até a última gota. Por isso, o Senhor virou as costas para Cristo na cruz (Marcos 15.34), quando Jesus orando a Deus, diz: ... Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
Portanto, se pudesse dar um conselho a alguém, diria: Nunca duvide do amor de Deus por você. Quando Seu Filho foi condenado no teu e no meu lugar, Deus teve os olhos voltados para nós e ficou de costas para Jesus. Quando você se sentir sem valor, lembre-se de que você foi resgatado pelo derramamento do sangue de Cristo. Resgate é sinônimo de salvação. Quando precisávamos de resgate, significa que estávamos em cativeiro, reféns do diabo, porque andávamos sem a proteção de Deus. Quando um sequestrador mantém alguém refém, ele pede resgate em dinheiro, normalmente o refém pertence a famílias ricas, que relutam em pagar a quantia exigida. Satanás, nosso carcereiro privado nos pediu um alto valor por nossas almas, e nós fomos resgatados a preço de sangue. Por que? Porque Deus nos ama de tal maneira, que o que Lhe era mais precioso foi entregue por Ele, pessoalmente, para nos ter de volta ao seu lado. Então, qual o tamanho do amor de Deus por nós? Quem puder ter uma vaga ideia do quanto Jesus vale para o Senhor, talvez poderá ter outra ideia vaga e pretensiosa com 1.5 a 3 por cento de confiabilidade, com margem de erro de 95 pontos percentuais para menos, ou para menos ainda, infinitamente.
Parabéns ótima colocacao Deus continue te iluminando nas próximas msgs
ResponderExcluirObrigado pelo prestígio da tua visita ao blog. Que Deus abençoe a você e tua família.
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