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Pandemia não é Páscoa

 Por Sergio Aparecido Alfonso

               É impressionante como as pessoas são talentosas em produzir explicações, analogias e alegorias sobre os eventos da sua atualidade. Mas me impressiona ainda mais a capacidade que elas têm, sobretudo os cristãos, de usar a Bíblia para justificar seus pensamentos. Não é ocaso de rechaçar o uso da Escritura Sagrada para explicar o mundo e sua derrocada. Mas minha preocupação é quando a Palavra de Deus é adaptada ao que as pessoas querem defender, quando deveria ser o contrário, ou seja, a defesa de nossas teses tem que se adaptar a ela, Palavra. Por isso, vamos vez por outra, nos deparar com algumas comparações que não têm fundamento. Isso se deve ao pouco estudo da Bíblia, ou a uma intenção de ignorar o que ela diz realmente para alcançar o objetivo que se quer.

            E assim, muitas informações contidas no texto escolhido da Sagrada Escritura são preteridas, senão a pretensa explicação não fica satisfatória. Então, a Bíblia não é mais autoridade, mas sim, serva das pessoas que assim agem. A Palavra de Deus tem que atender a uma utilidade para o leitor, em vez do leitor se tornar servo da Palavra e submeter-se ao que ela quer dizer. No mundo secular, quando omitimos coisas para sustentar nossa narrativa, dá-se o nome de manipulação. No poder judiciário, não só quando a testemunha mente, mas quando ela omite, também comete o crime de falso testemunho. Pois, tanto a omissão quanto a mentira visam falsear a verdade.

            A Palavra de Deus não precisa de ajuda para tocar nas pessoas. Ela precisa ser espalhada sem filtro, o resto ela faz sozinha, por quê?

 

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. (Hebreus 4.12).

 

                Enfim, é a Palavra quem vai trabalhar na vida das pessoas, não são as pessoas que têm que trabalhar a Palavra de Deus. A Escritura Sagrada é quem vai entrar no coração das pessoas, não é a habilidade do pregador que vai transformar uma vida. Deixe com a Palavra o poder de retirar os enganos e propensões do ouvinte. É lícito fazer uso da exegese e da hermenêutica. Mas ambos os recursos, servem mais para o pregador ganhar sabedoria na entrega da palavra, do que para o ouvinte ser convencido. Pois, é o Espírito Santo quem convence do pecado, do juízo e da justiça (João 16.7,8). Portanto, seja autêntico, porque essa é uma recomendação da qual a Palavra de Deus não precisa ser alertada, ela é já autêntica sempre.

 

Teimosia, sangue, morte, rendição e liberdade

 

            Pois bem, uma das situações na qual detectei uma ideia secular e o uso da Palavra para dar respaldo a essa ideia foi quando recebi um banner de whatsapp com uma mensagem que fazia uma defesa da quarentena, usando para isso, uma passagem bíblica. O banner dizia que “à semelhança da quarentena que os filhos de Israel guardaram no episódio da morte dos primogênitos do Egito e somente viveria quem ficasse dentro de casa, assim, durante a quarentena da pandemia, quem ficasse em casa estaria protegido”. 

            Antes de alinhavar sobre os enganos do banner, que não passam de engodo, uma armadilha, vamos ao texto bíblico sobre a décima praga, no caso, a morte dos primogênitos. Precisamos do texto e falar do seu contexto literário para aclaramos algumas circunstâncias omitidas no citado banner. Eis a primeira menção à morte dos primogênitos:

Disse mais Moisés: Assim o Senhor tem dito: À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; E todo o primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que haveria de assentar-se sobre o seu trono, até ao primogênito da serva que está detrás da mó, e todo o primogênito dos animais. E haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve semelhante e nunca haverá. Mas entre todos os filhos de Israel nem mesmo um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para que saibais que o Senhor fez diferença entre os egípcios e os israelitas. (Êxodo 11.4-7).

 

            No texto acima, Moisés dá uma prévia a Faraó do que viria a acontecer. Em seguida, o Senhor dá instruções a respeito da Páscoa, evento que será permanente entre os filhos de Israel, mas que ainda no Egito terá um elemento a mais. Senão, vejamos:

Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. (Êxodo 12.3-7).

 

            Os israelitas deveriam escolher um cordeiro, sem mancha, sem defeito, que deveria ser separado, cevado, morto, e consumido pela família que o matou. Se o animal fosse muito grande para essa família, outra família deveria ser convidada e alojada na casa para ajudar comer aquele cordeiro. O sangue do animal deveria ser usado para marcar a porta da casa onde ele estivesse sendo consumido. Mas veja, as duas famílias deveriam ficar na mesma casa, pois, o sangue era para marcar apenas a casa onde ele estava sendo consumido. Portanto, a marca do sangue do cordeiro não estava em todas as casas, mas nas casas onde havia comunhão e o compartilhar do alimento.

Na sequência, o Senhor dá novas instruções, pois, além de serem protegidos naquela noite, os filhos de Israel seriam libertos da escravidão e poderiam finalmente adorar ao seu Senhor. E ele mesmo garantiu que os libertaria e eles seriam seus adoradores. Pois ele instituiu o dia da morte do cordeiro para celebração perpétua da Páscoa (Êxodo 12.27). E eis que chegou a hora dos preparativos.

 

E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu o sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. (Êxodo 12.12-14).


            Na noite em que as famílias se reuniram, foi compartilhado o cordeiro, e só nas casas onde o cordeiro foi consumido havia marca do seu sangue, e de igual forma, somente essas casas não seriam atingidas pelo anjo da mortandade. Enfim, quem estivesse recolhido sob a marca do sangue da vítima, seria preservado da morte. E note que se o cordeiro fosse grande para uma família, outra família deveria se juntar para dar conta, e depois da refeição deveriam permanecer na casa onde jantou. Ou seja, duas famílias aglomeradas e o “vírus da morte” não as atingiu (ironic mode here).

            Dos versículos 15-20 de Êxodo 12, o Senhor estabelece as diretrizes, receitas e liturgia de adoração. Depois que saíssem do Egito, os filhos de Israel teriam uma data específica para adorar e celebrar ao Senhor, em razão da libertação que Deus lhes deu. Finalmente, chegou o momento tenebroso. Conforme prometido pelo Senhor, à meia-noite o anjo da morte visitou o Egito. O choro foi grande, conforme anunciado pelo Todo-poderoso. Em todas as casas egípcias havia luto, em todos os seus rebanhos houve dano.

 

E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. E Faraó levantou-se de noite, ele e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto. (Êxodo 12.29,30).

 

            Depois da décima praga – que se Faraó não fosse teimoso seria desnecessária – o soberano humano do Egito concorda com a partida do povo de Israel. Dessa vez, houve pressa. Faraó se viu em tamanha angústia, que sequer esperou o romper da alva. Ainda era noite quando ele convocou Moisés.

 

Então chamou a Moisés e a Arão de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide, e abençoai-me também a mim. E os egípcios apertavam ao povo, apressando-se para lançá-los da terra; porque diziam: Todos seremos mortos. E o povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em suas roupas sobre seus ombros. Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme à palavra de Moisés, e pediram aos egípcios joias de prata, e joias de ouro, e roupas. E o Senhor deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o que pediam; e despojaram aos egípcios. (Êxodo 12.31-36).

 

            Faraó acordou tarde para o perigo que lhe cercava. Já havia acontecido o pior. Mas como não sabia o que mais poderia ocorrer, se bem que os egípcios tinham em mente algo tão ou mais grave, no caso, temiam o extermínio total da população, então, o rei do Egito chamou Moisés e anunciou a rendição. O povo de Israel estava livre para sair com tudo que era seu e prestar culto e adoração a Deus. Faraó até pediu que Moisés intercedesse por ele junto a Deus. Quanto ao povo de Israel, em que pese não terem entrado na batalha, Deus pelejou pelos seus filhos, e estes levaram embora os despojos de guerra. E agora sim, livres da escravidão, ricos e livres para adorar a Deus, e partir para a sua terra.

 

 

Quarentena dos cativos e quarentena comunitária

 

            Depois de feita a contextualização das circunstâncias em que se deu a quarentena dos filhos de Israel, chegou a hora de verificar o que têm em comum ambas as quarentenas, se é que existe algo realmente em comum.

 

Lockdown = confinamento, ou quarentena comunitária

 

Sua função era manter a maior quantidade de pessoas em casa para que não se contaminassem com o coronavírus e ficassem doentes da covid-19. O objetivo era evitar que as pessoas adoecessem e os gestores pudessem ganhar tempo. O propósito, o sentido, era estruturar o sistema de saúde e preparar os profissionais para receber os doentes sem que o serviço de saúde entrasse em colapso e as pessoas viessem a morrer.

            E funcionou? Não. Até porque a quarentena não teve uma preparação devidamente elaborada para atender as demandas sociais daqueles que ficariam sem rendimentos. Bem como, os governantes não tiveram a credibilidade para demonstrar a necessidade da medida. Além disso, o lockdown deu errado por algumas constatações. Primeiro, as pessoas continuaram a se contaminar, dentro ou fora de casa. Nem todas as pessoas que saíram para a rua se contaminaram. Do outro vértice, nem todas as pessoas que ficaram em casa se mantiveram sãs. E a grande maioria, incomparavelmente maioria, daqueles que se contaminaram não tiveram sequer sintomas da doença, transmitida pelo vírus SARSCov2 da família CORONA. Igualmente, a maioria das pessoas que adoeceram não morreram. E sobreviveram, não por causa do atendimento médico. Pois, segundo a opinião dominante, não havia medicamento para curar a doença. E não vou aqui entrar em discussão se tem ou não medicamento.

            A eficácia do lockdown foi contestada por especialistas do mundo todo, inclusive com estudos da universidade federal do Rio Grande do Sul apontando a ineficácia. E mais, o que se viu foi o colapso do sistema de saúde, ou seja, o inevitável foi apenas adiado, e por pouco tempo. Também, fomos inundados por denúncias de desvios do dinheiro público que deveria ter sido usado na saúde pública. Foram fraudes em licitação, desvio de finalidade de verba pública entre outros. Vimos a população ficar mais pobre, desempregada, falida, sofrendo multas confiscatórias, dependente do estado que a escraviza. Fora isso, ocorreram abusos cometidos por meio de dispositivos legais questionáveis, cumpridos por agentes estatais que extrapolaram as medidas da proporcionalidade. Portanto, a quarentena comunitária foi uma ação midiática para tentar desviar o foco da incompetência histórica dos nossos gestores. E serviu de nada, sendo repetida várias vezes, sem resultados aproveitáveis. 

 

Quarentena dos filhos de Israel

 

            Sua função, recolher os israelitas para dentro de suas casas, promover o compartilhar do alimento, dar um memorial eterno, fazer distinção entre eleitos de Deus e seus inimigos, e guardá-los da destruição da morte que tinha um alvo específico, os primogênitos. Seu objetivo, libertar o povo de Israel, deixar claro que de Deus não se zomba – contrário daquilo que Faraó achou que poderia fazer impunemente, prostrar o Egito diante dos seus escravos, mostrar para Faraó que o poderoso de fato e de direito era o Senhor. E ainda, glorificar o nome de Deus na terra de quem achou que pudesse fazer frente contra ele se apoiando em deuses falsos, no caso, Faraó, seus oficiais e sua nação como um todo. Seu propósito, ensinar aos filhos de Israel que se Deus prometeu, ele cumprirá, levar o povo com tudo o que era seu para o deserto a fim de adorá-lo, fazer maravilhas entre o povo, converter pessoas de várias nações que estavam no Egito, e cumprir a promessa de dar uma terra aos descendentes de Abraão, e colocar esses descendentes lá dentro.

            E funcionou? Sim. O Deus de maravilhas tinha credibilidade suficiente para que seu povo entendesse a necessidade de guardar a quarentena, e proceder em todas as prescrições que o Senhor deu a eles. Ao contrário da quarentena lockdown, todas as pessoas que ficaram nas casas marcadas pelo sangue do cordeiro foram preservadas, ao passo que todos os primogênitos que se encontraram em local desprotegido da marca do sangue morreram, mesmo dentro de casa. O memorial da Páscoa foi seguido à risca pelos israelitas a partir de então. Deus cumpriu a promessa da décima praga, Faraó que zombou de Moisés que era o representante de Deus, foi punido com a morte de seu filho. Faraó e seu povo reconheceram que não estavam mais seguros e ele mesmo pediu que Moisés intercedesse por ele junto a Deus, reconhecendo a grandeza do Senhor.

            O povo foi liberto, no deserto cantou um hino de louvor a Deus, como se vê no capítulo 15 de Êxodo. Muitos estrangeiros seguiram com o povo de Israel para fora do Egito, os egípcios presentearam ou simplesmente doaram joias e muitos objetos de material precioso aos filhos de Israel, de modo que os escravos saíram ricos do Egito e com suas despensas abastecidas. E Deus os levou seguros à terra prometida.

 

A verdadeira Páscoa e o verdadeiro sangue

 

            A pandemia não é Páscoa, o prefeito não é a voz de Deus, o secretário de saúde não é o enviado do Senhor, não é Jesus, nem Moisés, e, decretos governamentais não são o sangue do Cordeiro. A nossa Páscoa é Jesus. Aquele se deu por nós voluntariamente, derramou o seu sangue para nos guardar da morte eterna provocada pelo pecado, conforme o texto abaixo:

 

E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. (Mateus 26.26-28).

 

            Portanto, em Jesus podemos confiar tranquilamente. Ele é a nossa Páscoa, o seu sangue é a nossa identificação contra o anjo da morte, e por meio dele, Deus nos liberta da escravidão do pecado e nos conduz à terra prometida, ricos, porque ele nos dá vida em abundância (João 10.10), ao contrário daqueles que desempregam, abusam e confiscam. Deus os abençoe, e até a próxima!   

 

           

 

 

 

 

             



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