Por Sergio Aparecido Alfonso
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem". (Hebreus 11.1 ARC 4ªEdição)
Gosto de muito de ler um versículo e discorrer sobre ele. Me fascina tentar encontrar os significados das palavras que eventualmente tenham passado despercebidos pelos leitores apressados. No caso deste versículo, esse exercício é desnecessário. Ao menos para mim, pois, ele me parece autoexplicativo. Porque esse verso quer dizer o que está escrito ali. Se as coisas que esperamos são os edifícios que vamos construir, a fé é a base, o alicerce confiável onde assentaremos cada tijolo das nossas realizações.
Mas pode haver pessoas que ainda entendam ser preciso uma ilustração para entender melhor o que Hebreus 11.1 quer dizer. Neste caso, lembro-me de certa vez que estávamos, minha esposa e eu, juntamente a um casal pastoral, Cláudio e Rosana, amigos nossos, na casa de outro amigo, um marroquino, o Hassan. O pastor falava exatamente sobre fé. Percebendo o semblante de indagação por parte do Hassan, o pastor usou a seguinte ilustração: "Ter fé é como caminhar no vazio, acreditando que Deus irá colocar o chão embaixo dos nossos pés". Claro que isso não esgota as possíveis dúvidas, mas é provável que já seja bastante esclarecedor sobre o significado da fé. É uma ilustração e tanto.
A fé, portanto, é que nos instiga a exercitar confiança instantânea em Deus. Por meio da fé, passamos da dúvida que nos atrasa para o crer que nos impulsiona rumo à realização que vem do Senhor. Essa pequena palavra de duas letras é responsável por proporcionar coisas grandes. Não que sejamos capazes de tais realizações por nossas forças, mas porque ela nos leva a acreditar em quem pode fazer tudo, para quem nada é impossível: Deus. Para o Senhor, tudo é possível, logo, tudo é possível ao que crê (Marcos 9.23), porque quando cremos em quem tudo pode, ele não tem impedimento da dúvida para agir, sendo, portanto, como se nós conseguíssemos, quando na verdade, apenas damos o passo de fé. Tudo é possível ao que crê, porque quem crê, passa a ver o Deus do impossível fazer acontecer.
A fé é responsável, por exemplo, por nos fazer acreditar não só na cura de um mal, mas também a ter a certeza de que Jesus Cristo nos ouvirá, bem como ver quem Jesus realmente é. Veja o caso do cego de Jericó em Marcos 10.46-52. O texto diz que ele se chamava Bartimeu (Filho de Timeu) e assentava-se a beira do caminho. Investigando um pouco, vamos ver que à beira do caminho ele esmolava por causa de sua cegueira. Note que quando Jesus e a multidão ao passar por ele, já estavam de saída da cidade. Bartimeu procura saber quem é que passava por ali. Sendo respondido que era Jesus, num gesto de fé começa a gritar pelo Senhor. Mas a fé desse homem é tão grande que ele se esforça ao máximo que conseguia, sem demonstrar qualquer chance de desistir.
O texto diz que com Jesus ia numerosa multidão. Imagino que ao menos mil pessoas faziam parte do evento. Portanto, não se tratava de uma caminhada silenciosa. Pelo contrário, deve ter sido bastante barulhenta. Havia pessoas gritando pela atenção de Jesus, outras que o louvavam por suas maravilhas, algumas agradecidas por ter recebido alguma benção, algumas outras chorando por ter conseguido chegar perto do Mestre. E para piorar, ainda tinha aqueles que mandavam o cego calar a boca, pois, estaria perturbando a Jesus. Mas ele gritava cada vez mais alto, e fazia a seguinte declaração: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim. Em determinado momento Jesus para e manda chamar o cego. Algumas pessoas vão até Bartimeu e o conduzem até o Mestre.
Nesse encontro Jesus o curou. Mas fora a cura, note-se dois acontecimentos a mais. Primeiro, o cego venceu a barreira que se impunha a ele, que era o barulho da multidão, bem como, venceu as repreensões daqueles que o julgavam como mero perturbador. Segundo, ao chamar Jesus de Filho de Davi, o cego de Jericó trazia implícito em sua fala o reconhecimento de que Jesus é o que devia vir, o Messias, o Rei dos Reis, Senhor do Senhores, aquele que veio para tirar os pecados do mundo e padecer as nossas dores. Porque as profecias diziam a respeito de Jesus que ele, o nosso Salvador, seria da linhagem de Davi. A cegueira de Bartimeu não impediu que sua fé no Salvador fosse manifestada de forma clara e muito mais cheia de compreensão do que a dos especialistas religiosos de seu tempo.
A fé também é responsável por não nos deixar sucumbir diante dos perigos, e ainda nos faz canal de benção para outras pessoas. Atos 28.1-6, conta que Paulo foi picado por uma serpente quando juntou um feixe de graveto para lançar na fogueira em que ele e outras pessoas se aqueciam. Mas antes, Paulo, que estava prisioneiro, havia passado por um naufrágio. Sobreviveu, apesar de o navio ter sido despedaçado depois de ser açoitado contras as pedras. Sobreviveu ainda à ameaça de morte por parte de alguns tripulantes, que entendiam que deveriam matar os prisioneiros, entre eles Paulo, para que não fugissem. Foram resgatados, e se abrigaram numa ilha. Em roda fogueira aconteceu o episódio da picada na mão. Os nativos esperavam que ele morresse, pois, entendiam que ele poderia ser um assassino, porque mesmo sobrevivendo à fúria do mar, no entendimento deles, a justiça o perseguia para vingar-se. Mas como nada aconteceu com ele, pelo contrário, a cobra morreu no fogo, onde Paulo a derrubou, sacudindo a mão, os nativos passaram a acreditar que Paulo fosse um deus.
Depois desse evento, Paulo ainda orou pela cura de um homem que estava com febre e diarreia - provavelmente fosse uma intoxicação alimentar. Era o pai de Públio, um importante cidadão da localidade, que os hospedou por três dias (Atos 28.7-10). Então, não só Paulo não morreu no mar, bem como a cobra que o picou morreu no fogo, mais ainda, Paulo teve oportunidade para orar pela cura de um enfermo. Paulo viveu a plenitude da fé, é um grande exemplo de como podemos nos sobressair contra o mal, e além disso, orar para que outros sejam libertos de seus males.
Muitos outros exemplo poderiam ser dados de pessoas que foram curadas, os evangelho estão repletos deles. O livro de Atos cita ocorrências de apóstolos libertos da prisão. Os evangelhos ainda têm vários registros de pessoas que foram libertas de espíritos imundos. Tudo isso, por causa da fé da própria pessoa, ou por meio da fé dos intercessores. Mas é preferível terminar este artigo citando a maior de todas as bençãos que se pode alcançar por meio da fé: a salvação. Bartimeu acreditou em Jesus como salvador por meio da fé, e nós também precisamos exercitar a fé para alcançarmos a salvação.
Efésios 2.8 e 9 diz: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie". Veja, o texto em questão não diz que a fé é um dos meios que podemos dispor para alcançar a fé, mas é o único. Além da fé, não há nada que possamos fazer para ser salvos. Tudo o que podia ser feito, foi feito por Jesus, o qual graciosamente deu a sua vida por nós. Tudo de que precisamos para alcançarmos essa salvação operada por Jesus e ter fé no sacrifício salvífico que ele fez. Não há obras de caridade, não há obras religiosas, não há sacrifícios pessoais a se fazer para sermos salvos. Mas apenas e tão somente o exercício da fé na graça salvadora de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que Deus te ilumine e sustente a tua fé. Pois, sem fé, você não crê na graça, e sem crer na graça, não tem como ser salvo.
Mas pode haver pessoas que ainda entendam ser preciso uma ilustração para entender melhor o que Hebreus 11.1 quer dizer. Neste caso, lembro-me de certa vez que estávamos, minha esposa e eu, juntamente a um casal pastoral, Cláudio e Rosana, amigos nossos, na casa de outro amigo, um marroquino, o Hassan. O pastor falava exatamente sobre fé. Percebendo o semblante de indagação por parte do Hassan, o pastor usou a seguinte ilustração: "Ter fé é como caminhar no vazio, acreditando que Deus irá colocar o chão embaixo dos nossos pés". Claro que isso não esgota as possíveis dúvidas, mas é provável que já seja bastante esclarecedor sobre o significado da fé. É uma ilustração e tanto.
A fé, portanto, é que nos instiga a exercitar confiança instantânea em Deus. Por meio da fé, passamos da dúvida que nos atrasa para o crer que nos impulsiona rumo à realização que vem do Senhor. Essa pequena palavra de duas letras é responsável por proporcionar coisas grandes. Não que sejamos capazes de tais realizações por nossas forças, mas porque ela nos leva a acreditar em quem pode fazer tudo, para quem nada é impossível: Deus. Para o Senhor, tudo é possível, logo, tudo é possível ao que crê (Marcos 9.23), porque quando cremos em quem tudo pode, ele não tem impedimento da dúvida para agir, sendo, portanto, como se nós conseguíssemos, quando na verdade, apenas damos o passo de fé. Tudo é possível ao que crê, porque quem crê, passa a ver o Deus do impossível fazer acontecer.
A fé é responsável, por exemplo, por nos fazer acreditar não só na cura de um mal, mas também a ter a certeza de que Jesus Cristo nos ouvirá, bem como ver quem Jesus realmente é. Veja o caso do cego de Jericó em Marcos 10.46-52. O texto diz que ele se chamava Bartimeu (Filho de Timeu) e assentava-se a beira do caminho. Investigando um pouco, vamos ver que à beira do caminho ele esmolava por causa de sua cegueira. Note que quando Jesus e a multidão ao passar por ele, já estavam de saída da cidade. Bartimeu procura saber quem é que passava por ali. Sendo respondido que era Jesus, num gesto de fé começa a gritar pelo Senhor. Mas a fé desse homem é tão grande que ele se esforça ao máximo que conseguia, sem demonstrar qualquer chance de desistir.
O texto diz que com Jesus ia numerosa multidão. Imagino que ao menos mil pessoas faziam parte do evento. Portanto, não se tratava de uma caminhada silenciosa. Pelo contrário, deve ter sido bastante barulhenta. Havia pessoas gritando pela atenção de Jesus, outras que o louvavam por suas maravilhas, algumas agradecidas por ter recebido alguma benção, algumas outras chorando por ter conseguido chegar perto do Mestre. E para piorar, ainda tinha aqueles que mandavam o cego calar a boca, pois, estaria perturbando a Jesus. Mas ele gritava cada vez mais alto, e fazia a seguinte declaração: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim. Em determinado momento Jesus para e manda chamar o cego. Algumas pessoas vão até Bartimeu e o conduzem até o Mestre.
Nesse encontro Jesus o curou. Mas fora a cura, note-se dois acontecimentos a mais. Primeiro, o cego venceu a barreira que se impunha a ele, que era o barulho da multidão, bem como, venceu as repreensões daqueles que o julgavam como mero perturbador. Segundo, ao chamar Jesus de Filho de Davi, o cego de Jericó trazia implícito em sua fala o reconhecimento de que Jesus é o que devia vir, o Messias, o Rei dos Reis, Senhor do Senhores, aquele que veio para tirar os pecados do mundo e padecer as nossas dores. Porque as profecias diziam a respeito de Jesus que ele, o nosso Salvador, seria da linhagem de Davi. A cegueira de Bartimeu não impediu que sua fé no Salvador fosse manifestada de forma clara e muito mais cheia de compreensão do que a dos especialistas religiosos de seu tempo.
A fé também é responsável por não nos deixar sucumbir diante dos perigos, e ainda nos faz canal de benção para outras pessoas. Atos 28.1-6, conta que Paulo foi picado por uma serpente quando juntou um feixe de graveto para lançar na fogueira em que ele e outras pessoas se aqueciam. Mas antes, Paulo, que estava prisioneiro, havia passado por um naufrágio. Sobreviveu, apesar de o navio ter sido despedaçado depois de ser açoitado contras as pedras. Sobreviveu ainda à ameaça de morte por parte de alguns tripulantes, que entendiam que deveriam matar os prisioneiros, entre eles Paulo, para que não fugissem. Foram resgatados, e se abrigaram numa ilha. Em roda fogueira aconteceu o episódio da picada na mão. Os nativos esperavam que ele morresse, pois, entendiam que ele poderia ser um assassino, porque mesmo sobrevivendo à fúria do mar, no entendimento deles, a justiça o perseguia para vingar-se. Mas como nada aconteceu com ele, pelo contrário, a cobra morreu no fogo, onde Paulo a derrubou, sacudindo a mão, os nativos passaram a acreditar que Paulo fosse um deus.
Depois desse evento, Paulo ainda orou pela cura de um homem que estava com febre e diarreia - provavelmente fosse uma intoxicação alimentar. Era o pai de Públio, um importante cidadão da localidade, que os hospedou por três dias (Atos 28.7-10). Então, não só Paulo não morreu no mar, bem como a cobra que o picou morreu no fogo, mais ainda, Paulo teve oportunidade para orar pela cura de um enfermo. Paulo viveu a plenitude da fé, é um grande exemplo de como podemos nos sobressair contra o mal, e além disso, orar para que outros sejam libertos de seus males.
Muitos outros exemplo poderiam ser dados de pessoas que foram curadas, os evangelho estão repletos deles. O livro de Atos cita ocorrências de apóstolos libertos da prisão. Os evangelhos ainda têm vários registros de pessoas que foram libertas de espíritos imundos. Tudo isso, por causa da fé da própria pessoa, ou por meio da fé dos intercessores. Mas é preferível terminar este artigo citando a maior de todas as bençãos que se pode alcançar por meio da fé: a salvação. Bartimeu acreditou em Jesus como salvador por meio da fé, e nós também precisamos exercitar a fé para alcançarmos a salvação.
Efésios 2.8 e 9 diz: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie". Veja, o texto em questão não diz que a fé é um dos meios que podemos dispor para alcançar a fé, mas é o único. Além da fé, não há nada que possamos fazer para ser salvos. Tudo o que podia ser feito, foi feito por Jesus, o qual graciosamente deu a sua vida por nós. Tudo de que precisamos para alcançarmos essa salvação operada por Jesus e ter fé no sacrifício salvífico que ele fez. Não há obras de caridade, não há obras religiosas, não há sacrifícios pessoais a se fazer para sermos salvos. Mas apenas e tão somente o exercício da fé na graça salvadora de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que Deus te ilumine e sustente a tua fé. Pois, sem fé, você não crê na graça, e sem crer na graça, não tem como ser salvo.
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